A febre dos smartphones

Primeiro foram os executivos que viram a novidade como oportunidade de conexão com suas empresas. Agora as redes sociais também estão sendo exploradas. Confira como explorar este canal

A primeira onda dos smartphones começou com executivos que precisavam estar o tempo inteiro conectados às suas organizações. Já não era suficiente receber ligações e mensagens 24h. Agora queremos também receber os e-mails! Bom, essa foi a primeira onda, que colocou os famosos Blackberry, da RIM, no topo da lista de desejos dos executivos.

Porém, agora estamos em uma segunda onda de conectividade: queremos redes sociais. Com isto, proliferam smartphones dos mais diferentes tipos, sendo o iPhone um dos mais desejados. E agora os smartphones com o sistema operacional Android estão seduzindo muitos (eu me incluo nessa!).

Não é apenas isso. A cada dia surgem novos aplicativos e widgets para os mais diversos fins. Basta dar uma olhada no iTunes (Apple Store) ou então no Android Market.

Essa nova onda, que poderia até ser uma terceira fase dos smartphones, está criando um novo mercado, abrindo novas possibilidades e oferecendo abordagens interessantíssimas de marketing.

Pense na Apple, por exemplo. Muita gente acredita que o negócio dela seja o iPhone, mas não é apenas isso. O modelo de negócios é baseado no iTunes. Os desenvolvedores de aplicativos para iPhone e iPad, por exemplo, precisam pagar à Apple para criar os aplicativos. Em contrapartida, a Apple disponibiliza esses aplicativos gratuitamente ou os vendem para os usuários de iPhone.

Sabe o que é legal? Conheci alguns garotos que desenvolveram um jogo e publicaram no iTunes. O valor era algo entre US$ 5,00. Venderam mais de 60 mil, somente na primeira semana. Esse é um novo mercado. Os aplicativos costumam ser todos vendidos a preços baixos (US$), mas a escala de venda é grande. Para se ter uma ideia, nos EUA, 42% dos usuários de smartphone já baixaram algum aplicativo e 25% os utilizam diariamente.

No Brasil, os números crescem rápido graças ao acesso dos brasileiros a celulares e smartphones. A TIM, por exemplo, lançou um modelo de internet 3G pré-pago ao custo de R$ 0,50 por dia, bem acessível. As demais operadoras todas possuem planos 3G que são muito mais baratos do que em 2009 e 2008.

O interessante é que muitos dos aplicativos são gratuitos e os pagos são de preço bem acessível. Parece que a teoria do “grátis” de Chris Anderson está realmente criando novas oportunidades e muitos aplicativos para smartphones são gratuitos e trazem novas formas de marketing. É possível ler notícias de jornais, baixar receitas culinárias e muito mais. Tudo com novas formas de propaganda e marketing.

O que podemos concluir? Pessoal de marketing: abram os olhos!

Mensagens e torpedos

O número de mensagens SMS enviadas triplicou entre 2007 e 2010, ultrapassando a marca de 1,8 trilhão registrada há três anos e atingindo os 6,1 trilhões no início deste ano. São quase 200 mil mensagens de celular enviadas a cada segundo no mundo todo, segundo informou a União Internacional de Telecomunicações (UIT), ligada à ONU.

O mesmo Chris Anderson, autor dos livros Grátis – O futuro dos preços eCauda Longa, inova ao defender o crescimento dos mercados de nicho. O autor diagnostica cultura, demanda e produção da seguinte forma:

“A teoria da Cauda Longa diz que nossa cultura e economia estão mudando o foco de um relativo pequeno número de 'hits" (produtos que vendem muito no grande mercado) no topo da curva de demanda, para um grande número de nichos na cauda. Como o custo de produção e distribuição caiu, especialmente nas transações online, agora é menos necessário massificar produtos em um único formato e tamanho para consumidores. Em suma, sem problema de espaço nas prateleiras e sem gargalos de distribuição, produtos e serviços segmentados podem ser economicamente tão atrativos quanto produtos de massa.”

Bem, o fato é que o mundo todo está mudando e isso não é um privilégio do marketing, mas sim uma grande oportunidade para estes profissionais. Mais do que manter os olhos abertos, precisamos ter a mente aberta e repensar. Eu diria que a era do conhecimento está no fim e estamos entrando em uma era conceitual.

Há algum tempo atrás, dizia-se: conhecimento é poder. Hoje em dia, ele está disponível para todos ou, pelo menos, disseminado para muitos. Basta ver livros, cursos, artigos e publicações, além do próprio Google.

                  
                    versus                          

Quando não sei algo, eu “google” e descubro o que significa, desde palavras até teorias e conceitos. Na era conceitual, o poder está em conectar as informações e criar coisas novas e úteis.

Em meio a tanta informação, muitos de nós ficamos perdidos. Daí a recente importância dada ao que se chama de data visualization. Exemplos de conectividade de informações: representação do MTBI® como linhas de metrô e arquitetura das cidades como sistemas de informação.

E você, está pensando sempre nas mesmas coisas? Preso aos problemas de curto prazo?

Existe muita coisa a ser explorada. Como dizia o professor Raia, em Procurando o Nemo: “Subam a bordo, exploradores! Explorar o conhecimento é tão lírico se você usar o pensamento empírico”.

Mário Henrique Trentim (Diretor da iPM Consult – Consultoria Inteligente)

HSM Online
A febre dos smartphones A febre dos smartphones Reviewed by Unknown on Friday, November 26, 2010 Rating: 5

No comments:

Theme images by RBFried. Powered by Blogger.