O impacto da gestão ambiental nas decisões estratégicas e na educação corporativa

O que falta para que as preocupações estratégicas sejam incorporadas pelo Corpo Organizacional? A resposta pode ser uma Educação Corporativa integrada e continuada.  



Em um tempo bastante curto, considerando o período de desenvolvimento acelerado da humanidade desde a época da Revolução Industrial, a sociedade humana incorporou em suas preocupações a percepção de que o meio ambiente está sofrendo danos irreversíveis. 

Os cientistas em todo o mundo têm advertido sobre isto, principalmente, nas duas últimas décadas. Mas, as preocupações no contexto global são ainda anteriores. No início de 1980 foi difundido o conceito de desenvolvimento sustentável, mas que ainda não foi incorporado por muitas empresas.

Assim como o conceito de Responsabilidade Social, o Desenvolvimento Sustentável foi incorporado ao discurso e ao Planejamento Estratégico de muitas empresas, porque é o politicamente correto, mas, não foi adotado pelo corpo destas Corporações. Isto é, as práticas não refletem a preocupação com o meio-ambiente. 

Um exemplo disto está nos processos de desenvolvimento de produtos de diversas empresas. Outro exemplo, nas ações de pós-venda com relação ao recolhimento de embalagens ou à orientação ao consumidor sobre o que fazer com estas embalagens ou com restos de produtos, como o óleo de cozinha ou restos de alimentos.

Felizmente, algumas empresas, preocupadas com sua imagem, já estão se mexendo, reagindo às pressões da opinião pública e da mídia. Estão incluindo em sua estrutura organizacional a gestão ambiental. 

Surgiu o conceito de ecoeficiência que mostra a poluição gerada e o desperdício de materiais e insumos provocados por diversos processos industriais, onerando a produção e prejudicando o meio ambiente.
 
Mas, o que falta para que as preocupações estratégicas da cúpula da organização sejam incorporadas pelo Corpo Organizacional? 

A resposta parece estar na Educação Corporativa integrada e continuada. Muito mais do que uma ferramenta para desenvolvimento do capital intelectual, esta educação tem conseqüências incríveis se bem gerenciada. 

Seu impacto atinge a outras preocupações estratégicas das Organizações como a gestão do conhecimento, a difusão da cultura organizacional, a criação de capital social, a ampliação da consciência ambiental, as práticas orçamentárias e outras possibilidades. 

Parece que está cabendo às empresas o papel pioneiro de educação da sociedade a partir da sua força de trabalho, menos pela preocupação social, cujo pioneirismo e orientação estratégica deveriam caber aos governos eleitos, mas, por uma questão de sobrevivência. 

Quem já saiu na frente com suas Universidades Corporativas ou ações semelhantes por iniciativa de “novas mentes” na área de Recursos Humanos, termo já em desuso em diversas organizações, está se diferenciando e ocupando novas porções no cada vez mais apertado mercado consumidor.

Portanto, a educação interna nas organizações parece ser o caminho mais indicado para incluir os conceitos e cuidados ambientais nos diversos processos corporativos, desde a concepção do produto, passando pela produção e pela logística de entrega, até a educação do consumidor sobre como usar e como proceder após o uso para evitar contaminações ao meio ambiente.

Alberto Paschoal Trez - Presidente da ABPES 
O impacto da gestão ambiental nas decisões estratégicas e na educação corporativa O impacto da gestão ambiental nas decisões estratégicas e na educação corporativa Reviewed by Unknown on Friday, January 14, 2011 Rating: 5

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